The Third Man (1949)
Título Original: The Third Man
Título no Brasil: O Terceiro Homem
País: Reino Unido
<<O autor de romances pulp Holly Martins viaja para a obscura Viena pós-Segunda Guerra Mundial, no início da Guerra Fria, e acaba por investigar a misteriosa morte de um velho amigo, o oportunista do mercado negro Harry Lime.>>
Com roteiro de Graham Greene e direção de Carol Reed, O Terceiro Homem é um clássico do cinema, continuando relevante mais de 60 anos depois de ter sido feito. O filme começa com uma narração em um tom brincalhão, que faz com quem assiste se enganar com o estilo do filme que está por vir, que é cheio de suspense e mistério. A trilha sonora do filme, toda tocada em Cítara, é muito interessante, chegando a dar um ar quase cômico a cenas de suspense. A forma que o filme leva a trama é muito boa, crescendo-a pouco a pouco, entregando as informações na medida que o filme acontece.
Comecei a assistir o filme, em boa parte, por causa do Orson Welles, e fiquei um pouco decepcionado de seu personagem morrer no começo do filme, sem que ele ao menos aparecesse. Apesar disso, o personagem dele é muito marcante, sendo responsável pela minha citação favorita do filme, apesar de ser cheia de erros: “You know what the fellow said – in Italy, for thirty years under the Borgias, they had warfare, terror, murder and bloodshed, but they produced Michelangelo, Leonardo da Vinci and the Renaissance. In Switzerland, they had brotherly love, they had five hundred years of democracy and peace – and what did that produce? The cuckoo clock.” Algo como: “Você sabe o que o camarada disse – na Itália, por trinta anos sob os Bórgias eles tiveram guerras, terror, assassinatos e derramamento de sangue, mas eles produziram Michelangelo, Leonardo da Vinci e o Renascimento. Na Suíça eles tinham o amor fraterno, eles tinham quinhentos anos de democracia e paz – e o que isso produziu? O relógio cuco.”
A forma que Carol Reed escolheu para que o filme fosse filmado, com enquadramentos tortos, é bem diferente. Atualmente estamos acostumados com isso, mas na época não era algo tão comum. Tanto que William Wyler, diretor de Ben-Hur (dentre vários filmes que fizeram história) e amigo de Reed, enviou para este, após ter visto o filme, um nível, com um bilhete dizendo: “Carol, na próxima vez que fizer um filme, coloque isso em cima da câmera, que tal?”
Nota: 9/10
SPOILER:
Considerado, por muitos, um dos melhores Films Noirs da história: ranking IMDB de Film Noir.