Warrior (2011)

•abril 2, 2013 • Deixe um comentário

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Título Original: Warrior (2011)
Título no Brasil: Guerreiro
País: Estados Unidos

<<O filho mais novo de um ex-boxeador alcoólatra volta pra casa, onde é treinado por seu pai para uma competição de um torneio de MMA – o que coloca o lutador no caminho de seu irmão mais velho.>>

Direção média, edição boa, atuações fantásticas. Nick Nolte dá um show de atuação, como o pai ex-alcoólatra arrependido e carente; Tom Hardy está excelente como o irmão mais novo agressivo, rancoroso e um pouco babaca, mas que no fundo tem um bom coração; Joel Edgerton consegue segurar as pontas perante as atuações dos outros dois e também está bem como o irmão mais velho, herói da história e pai de família que precisa de vencer para não perder a casa.

Um filme, que apesar de ser bom, é bem previsível e absurdamente superestimado. Acho que é por tratar de um tema que está na moda – o MMA. O filme não traz nada de novo, e é até infantiloide na minha opinião. A luta final é carregada de emoção, e cai no abismo da pieguice, infelizmente. Além disso, as lutas não são muito realistas, mas são bem melhores coreografadas que a maioria dos filmes de lutas que já vi. A trilha sonora também foi decepcionante.

Nota: 6/10

SPOILER:
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Seven Samurai (1954)

•abril 2, 2013 • Deixe um comentário

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Título Original: Seven Samurai (1954) 
Título no Brasil: Os Sete Samurais
País: Japão

<<Uma pobre vila sob ataque de bandidos recruta sete samurais desempregados para ajudá-los em sua defesa.>>

Quem viu esse filme consegue entender o motivo de Akira Kurosawa ser considerado um dos maiores diretores da história do cinema. Esse filme foi muito caro para a época e foi quase cancelado pelo estúdio, que estava fazendo Godzilla na mesma época e quase foi à falência. Ainda bem que o estúdio acabou desistindo da impressão que o filme poderia ser um fracasso, já que o mesmo é considerado um dos melhores da história por quase todas as listas de críticos que já vi.

Os Sete Samurais tem uma trilha maravilhosa e bem diferente das trilhas que o ocidente fazia na época, com melodias com momentos bem tristes e outros bem animados. A coreografia do filme é muito bem ensaiada, especialmente considerando que nenhum dos sete samurais sabia usar uma espada de verdade. As cenas utilizando cavalos são muito bem dirigidas, chegando até a me incomodar, de tão bem-feitas. Além disso, a cinematografia é impressionante, e a vila que criaram ficou muito legal. A edição do filme foi outra coisa que me impressionou bastante. Depois li que esse foi o primeiro filme que Kurosawa usou câmeras múltiplas, para que ele não tivesse que interromper o fluxo das cenas e pudesse editar o filme como quisesse na pós-produção. Depois disso, ele usou esse arranjo de câmeras para todos os seus filmes subsequentes. Além disso, as cenas de ação em câmera lenta foram revolucionárias na época.

Apesar de ser um drama com várias cenas de ação, o filme me fez rir bastante, principalmente Kikuchiyo, interpretado por Toshirô Mifune. Mesmo sendo um personagem extremamente caricato, ele me divertiu demais.

O filme tem alguns erros de continuidade, e as cenas de combate corpo-a-corpo são meio ruins, mas isso não tira o mérito desta ser uma obra-prima do cinema. As atuações são boas e os personagens são extremamente cativantes e bem construídos. Kurosawa desenvolveu o background de cada um dos samurais, com preferências alimentares, detalhes de personalidade, etc. Ele também fez a árvore genealógica da vila e determinou como os extras deveriam se relacionar. Nessa época, poucos diretores no mundo se preocupavam com esse nível de detalhes. Não tem como negar a genialidade dele.

Minha citação favorita foi a de Gisaku: “What’s the use of worrying about your beard when your head’s about to be taken?”. Algo como: pra que se preocupar com sua barba quando sua cabeça está prestes a ser tomada?

Nota: 9/10

SPOILER:
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The Great Escape (1963)

•abril 2, 2013 • Deixe um comentário

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Título Original: The Great Escape (1963)
Título no Brasil: Fugindo do Inferno
País: Estados Unidos

<<Baseado em uma história real, mostra alguns prisoneiros de guerra aliados planejando que centenas escapem de um campo alemão, que supostamente seria à prova de escapatórias, durante a Segunda Guerra Mundial.>>

Apesar de o elenco, com Steve McQueenJames Garner, Charles BronsonJames Coburn e Richard Attenborough, ser muito bom, esse filme não tem nada de espetacular. Boa direção, boas atuações, bom roteiro, boa cinematografia, etc. Mas nada de destaque. Dito isso, o filme é ótimo! Me diverti o filme inteiro, e sabendo que é baseado em uma história real me divertiu ainda mais. Os planos são ótimos, muito engraçados.

A primeira metade do filme é uma comédia bastante divertida, com os personagens mostrando suas habilidades de escape e sua sintonia em armar planos complexos envolvendo várias pessoas. Já a segunda metade é uma aventura de muita qualidade, e com vários focos (e meios de transporte) diferentes. O filme distorceu alguns detalhes que aconteceram na vida real, mas pelo que eu li após ter visto o filme, 95% foi desta forma.

Minha citação favorita foi a que Ramsey fala para Von Luger: “Colonel Von Luger, it is the sworn duty of all officers to try to escape. If they cannot escape, then it is their sworn duty to cause the enemy to use an inordinate number of troops to guard them, and their sworn duty to harass the enemy to the best of their ability.” A tradução seria algo do tipo: “Coronel Von Luger, é o dever jurado de todos os oficiais de tentarem escapar. Se eles não conseguirem escapar, então é seu dever jurado de fazerem com que o inimigo use uma quantidade enorme de tropas para vigiá-los, e de incomodarem o inimigo da melhor forma que conseguirem.”

Nota: 8/10

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To Kill a Mockingbird (1962)

•março 25, 2013 • Deixe um comentário

tkam

Título Original: To Kill a Mockingbird
Título no Brasil: O Sol É Para Todos
País: Estados Unidos

<<Após a Crise de 1929, os habitantes da pacata Maycomb, no Alabama, são na grande maioria pequenos agricultores. Em 1932, vivem ali os irmãos Jem e Scout Finch, órfãos de mãe criados pela babá negra Calpurnia e o pai Atticus Finch, advogado íntegro e respeitado na cidade, que atende gratuitamente aos mais pobres. A infância dividida entre a escola e as fantasias acerca do vizinho, o “malvado” Sr. Radley, cede espaço ao contacto com a discriminação quando seu pai resolve defender o negro Tom Robinson, acusado de ter estuprado uma moça branca. A conservadora cidade se volta contra ele, apesar de a inocência do rapaz ser evidente. O filme é baseado no livro de Harper Lee publicado em 1961 e vencedor do Pulitzer.>>

Acho que esse é um filme que é muito mais culturamente significativo para americanos, já que não fez parte da minha infância ler esse livro. Na verdade, só fui ouvir falar desse livro quando já estava no colegial. Acho que o filme é muito bom, as atuações são boas (a Scout é fantástica, uma gracinha), Atticus Finch é um personagem heróico e bem escrito e o julgamento é bem emocionante. Adorei os sotaques e as expressões sulistas do filme, simples falas me faziam sorrir, principalmente das crianças (Dill em especial, que menino engraçado).

A participação de Robert Duvall foi uma boa surpresa também, não sabia que ele fazia o filme.

Nota: 7/10

Paths of Glory (1957)

•março 25, 2013 • Deixe um comentário

pog

Título Original: Paths of Glory
Título no Brasil: Glória Feita de Sangue
País: Estados Unidos

 <<A futilidade e a ironia da guerra nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial são mostradas quando um coronel do exército francês deve lidar com a revolta de seus homens e com um general que procura a glória depois que parte de seu grupo recua sob fogo durante um ataque impossível.>>

Um filme muito bom, mas acho que eu esperava mais. Possui uma mensagem anti-guerra bem forte e a direção é muito boa, mas ainda prefiro Full Metal Jacket, que é um dos meus filmes favoritos. Paths of Glory é tecnicamente impressionante, apesar de ter sido microfonado até demais e algumas cenas terem ficado estranhas por causa disso.
Os diálogos das negociações entre os oficiais do exército são muito bem escritos. Na verdade, quase todos os diálogos são muito bem escritos. O filme é carregado de frases de efeito, sem apelar para a pieguice.

Não entendo como que um filme desse calibre não tenha tido nenhuma indicação ao Oscar, para nenhuma categoria. Mesmo que no ano que concorreria tivessem vários filmes de peso como 12 Angry Men, The Bridge on the River KwaiWitness for the Prosecution, dentre outros que entraram pra história.

Nota: 8/10

SPOILER:
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Spanking the Monkey (1994)

•março 22, 2013 • 2 Comentários

stm

Título Original: Spanking the Monkey
Título no Brasil: Não foi lançado no Brasil, mas o título em inglês é uma expressão que significa “masturbar-se”
País: Estados Unidos

<<Raymond Aibelli é um estudante do MIT pronto para começar um prestigioso estágio de verão. Mas Susan, sua mãe, fica imobilizada por causa de uma perna quebrada, e seu pai Tom, um caixeiro-viajante, faz com que Raymond fique em casa e cuide dela, uma mulher atraente, porém infeliz. A condição de sua mãe os leva a um grau de contatos imediatos que Raymond acha perturbador. Ele acaba conhecendo Toni, uma estudante de colegial, mas seus impulsos sexuais vão ficando cada vez mais confusos, especialmente por estar ainda chateado por ter perdido o estágio.>>

Muito mais um drama do que uma comédia (apesar de seus momentos engraçados), é um filme que me deixou arrepiado e angustiado durante várias cenas. O roteiro é excelente, e as atuações não deixam a desejar. A construção dos personagens e a forma com que trata temas polêmicos e bizarros, mostra o talento de David O. Russell, roteirista e diretor de Silver Linings Playbook, que teve 8 indicações ao Oscar.

Um ótimo filme que me pegou de surpresa e superou todas as minhas expectativas.

Nota: 9/10

SPOILER:
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Observe and Report (2009)

•março 22, 2013 • Deixe um comentário

oar

Título Original: Observe and Report
Título no Brasil: O Segurança Fora de Controle
País: Estados Unidos

<<O segurança de shopping Ronnie Barnhardt, que sofre de distúrbio bi-polar, precisa parar um exibicionista que está aterrorizando os consumidores. Mas quando Barnhardt não consegue pegar o culpado, um detetive policial ríspido é recrutado para fechar o caso. >>

Dois motivos me levaram a assistir esse filme, mesmo com uma nota tão baixa no IMDb: o fato de ter sido escrito por Jody Hill, roteirista de Eastbound & Down (série nonsense muito boa estrelada por Danny McBride), e por estar na lista “The New Cult Canon”, do A.V. Club.

Acho sinistro o Seth Rogen ter virado uma estrela de filmes de comédia sem ser engraçado, graças a Judd Apathow e seus coadjuvantes hilários. Dito isso, ele até que está engraçado neste filme. Ao contrário dos outros filmes que ele protagoniza, ele está bem melhor que os coadjuvantes, que não estão bem. Pra mim, só Anna Faris e Ray Liotta estavam engraçados no filme.

A direção é boa para um filme bobo de comédia, com tomadas de câmera no estilo de filmes de ação.

Nota: 6/10

SPOILER:
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The King of Kong: A Fistful of Quarters (2007)

•março 21, 2013 • Deixe um comentário

tkok

Título Original: The King of Kong: A Fistful of Quarters
País: Estados Unidos

 <<Documentário que segue Steve Wiebe enquanto ele tenta bater o recorde mundial do jogo para arcade Donkey Kong do campeão ‘atual’ Billy Mitchell.>>

Documentário interessante no máximo. Não imaginava que existia um submundo tão “sério” envolvendo competições de jogos para arcade antigos. Cheio de intrigas, puxadas de tapete e conspirações, é mais uma mostra de como o ser humano pode ser sujo caso tenha a oportunidade.  Brian Kuh é um cara absolutamente desprezível, e ele não é o único do documentário que me passou esse sentimento (mais nos spoilers).

Foi muito bom para mim ver que minha obsessão e minha ‘nerdice’ podiam ser muito piores. 🙂

Nota: 5/10

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The General (1926)

•março 20, 2013 • Deixe um comentário

tg

Título Original: The General
Título no Brasil: A General
País: Estados Unidos

<<Quando espiões da União roubam a amada locomotiva de um engenheiro, ele persegue-a sozinho, além das linhas inimigas.>>

Gosto muito dos filmes do Charles Chaplin, e quando era mais novo gostava muito dos filmes do Gordo e o Magro, então já comecei a ver o filme com expectativas razoavelmente altas. Minhas expectativas foram dizimadas no começo do filme, que é bem fraco e com uma trilha sonora extremamente irritante. Mas aí veio minha citação favorita, “If you lose this war dont blame me!” (se vocês perderem essa guerra não me culpem), e vi uma luz no fim do túnel. A partir daí o filme dá uma melhorada, mas só depois da metade que ele realmente fica engraçado, quando Johnnie Gray é perseguido pelos inimigos. O momento do trem na ponte me impressionou, não esperava uma cena destas em um filme tão velho. Bem legal mesmo!

As cenas de perseguição são muito bem-feitas, e Buster Keaton merece muitos elogios por ter feito boa parte das cenas de ação, pulando de um vagão pra outro e andando em volta da locomotiva com o trem em movimento. Impressionante. A Marion Mack, coitada, como apanha nas cenas do saco. Ri mais do que estava acontecendo com a atriz do que com a personagem naqueles momentos, mas rir é o que conta em uma comédia.

Já vi vários curtas do Keaton e nunca gostei muito, já que na mesma época Chaplin estava fazendo coisas muito melhores. Esse filme é a melhor coisa que já vi dele, e mesmo assim ainda prefiro  Em Busca do Ouro, por exemplo, que foi lançado no ano anterior. Pode até ser uma questão de opiniões, mas para mim é mais um caso de Stones/Beatles ou Bennett/Sinatra, no qual o primeiro é indiscutivelmente talentoso no que faz, mas é bastante ofuscado pela genialidade do segundo.

Nota: 7/10

The Treasure of the Sierra Madre (1948)

•março 19, 2013 • Deixe um comentário

ttotsm

Título Original: The Treasure of the Sierra Madre
Título no Brasil: O Tesouro de Sierra Madre
País: Estados Unidos

<<Fred Dobbs e Bob Curtin, dois americanos procurando trabalho no México, convencem um velho prospector a ajudá-los a procurar ouro nas montanhas Sierra Madre.>>

Baseado em um livro de mesmo nome, o filme, além de visualmente maravilhoso (tendo sido quase que completamente filmado in loco) é emocionalmente inquietante. As relações entre os personagens são bastante intensas, e a instabilidade de Dobbs (Humphrey Bogart) combinada com a filosofia de Howard (Walter Huston) fazem com que os diálogos desse filme sejam memoráveis.

Dentre os vários diálogos do filme que me marcaram, este é o que mais fez efeito, já que eu nunca tinha pensado dessa forma:

Howard: Say, answer me this one, will you? Why is gold worth some twenty bucks an ounce?
Dobbs: I don’t know. Because it’s scarce.
Howard: A thousand men, say, go searchin’ for gold. After six months, one of them’s lucky: one out of a thousand. His find represents not only his own labor, but that of nine hundred and ninety-nine others to boot. That’s six thousand months, five hundred years, scramblin’ over a mountain, goin’ hungry and thirsty. An ounce of gold, mister, is worth what it is because of the human labor that went into the findin’ and the gettin’ of it.
Dobbs: I never thought of it just like that.
Howard: Well, there’s no other explanation, mister. Gold itself ain’t good for nothing except making jewelry with and gold teeth.

Howard explica que o ouro vale tanto porque em seu valor estão embutidas todas as horas gastas pelos prospectores que falharam em encontrá-lo.

John Huston ganhou os Oscars de melhor direção e de melhor roteiro por este filme, e Walter Huston, seu pai, ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante. Esta foi a primeira premiação de pai/filho da história.

Sergio Leone que me perdoe, mas este é meu Western favorito!

Nota: 9/10

SPOILER:
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