Identity Thief (2013)

•março 18, 2013 • Deixe um comentário

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Título Original: Identity Thief
Título no Brasil: Uma Ladra Sem Limites
País: Estados Unidos

<<O bem-educado empresário Sandy Patterson viaja de Denver para Miami para enfrentar a mulher de aparência aparentemente inofensiva que tem aproveitado bastante depois de ter roubado a identidade de Sandy.>>

Não esperava muita coisa desse filme, e ele atendeu minhas expectativas.  Um filme mediano, com atuações decentes de atores engraçados como  Melissa McCarthy, uma das comediantes mais engraçadas atualmente e Jason Bateman, o eterno Michael Bluth de Arrested Development. O roteiro não ajuda, com diálogos bem fracos e previsíveis e com raros momentos realmente engraçados (e quando isso acontecia era mais por razões performáticas do elenco).

O elenco do filme é carregado de participações de atores da TV americana, com atores de The Office a Breaking Bad, de Modern Family a Flash Forward. Um dos vilões do filme é o Robert Patrick, com uma participação e atuação tão insignificantes que justificam o motivo por ele nunca mais ter feito nada de muito relevante desde o Exterminador do Futuro 2. Como chefe de Sandy, Jon Favreau está muito bem, pena que não aparece o suficiente.

O filme começa muito bem, passando a enorme  frustração de ver as coisas desmoronando à volta de Sandy, que ficou completamente impotente diante do que acontecia, o que me fez lembrar (dadas as devidas proporções, é claro) de O Processo, de Kafka. O problema é que o filme tenta desviar um pouco da comédia e trazer um pouco de Ação/Aventura, e é aí que ele se perde. Muitas cenas forçadas, principalmente a da cobra (que me fez contorcer na cadeira de vergonha), transformaram um filme com muito potencial em mais uma comédia irrelevante.

Consegui rir algumas vezes durante o filme, mas nada que ficará registrado. Pelo menos serviu para me ensinar um pouco sobre roubos de identidade.

Nota: 5/10

It’s a Wonderful Life (1946)

•março 18, 2013 • Deixe um comentário

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Título Original: It’s a Wonderful Life
Título no Brasil: A Felicidade não Se Compra
País: Estados Unidos

<<George Bailey é um homem que deixou seu sonho de lado para poder ajudar outros, e em um momento de tristeza na véspera de natal faz com que seu anjo da guarda, Clarence Odbody, intervenha para lhe mostrar a diferença que ele fez nas vidas dos outros.>>

Filme padrão de natal americano, já ouvi referências desse filme incontáveis vezes, e sempre tive um certo preconceito e preguiça de assisti-lo. Esperava um espetáculo de pieguice e diálogos bobos. Minhas expectativas eram corretas, mas fui pego de surpresa com o melhor tipo possível de pieguice e de diálogos bobos! James Stewart dá um show nesse filme, arrancando risadas em inúmeros momentos, o personagem dele é realmente um espetáculo. As conversas dele com seu anjo da guarda são carregadas de um sarcasmo infantil que é memorável.

Esse é um daqueles poucos filmes que você quer assistir novamente assim que o filme termina. Acho que vou ter que assisti-lo todos os anos no natal, a partir de agora…

Nota: 9/10

SPOILER:
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The Third Man (1949)

•março 18, 2013 • Deixe um comentário

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Título Original: The Third Man
Título no Brasil: O Terceiro Homem
País: Reino Unido

<<O autor de romances pulp Holly Martins viaja para a obscura Viena pós-Segunda Guerra Mundial, no início da Guerra Fria, e acaba por investigar a misteriosa morte de um velho amigo, o oportunista do mercado negro Harry Lime.>>

Com roteiro de Graham Greene e direção de Carol Reed, O Terceiro Homem é um clássico do cinema, continuando relevante mais de 60 anos depois de ter sido feito. O filme começa com uma narração em um tom brincalhão, que faz com quem assiste se enganar com o estilo do filme que está por vir, que é cheio de suspense e mistério. A trilha sonora do filme, toda tocada em Cítara, é muito interessante, chegando a dar um ar quase cômico a cenas de suspense. A forma que o filme leva a trama é muito boa, crescendo-a pouco a pouco, entregando as informações na medida que o filme acontece.

Comecei a assistir o filme, em boa parte, por causa do Orson Welles, e fiquei um pouco decepcionado de seu personagem morrer no começo do filme, sem que ele ao menos aparecesse. Apesar disso, o personagem dele é muito marcante, sendo responsável pela minha citação favorita do filme, apesar de ser cheia de erros: “You know what the fellow said – in Italy, for thirty years under the Borgias, they had warfare, terror, murder and bloodshed, but they produced Michelangelo, Leonardo da Vinci and the Renaissance. In Switzerland, they had brotherly love, they had five hundred years of democracy and peace – and what did that produce? The cuckoo clock.” Algo como: “Você sabe o que o camarada disse – na Itália, por trinta anos sob os Bórgias  eles tiveram guerras, terror, assassinatos e derramamento de sangue, mas eles produziram Michelangelo, Leonardo da Vinci e o Renascimento.  Na Suíça eles tinham o amor fraterno, eles tinham quinhentos anos de democracia e paz – e o que isso produziu? O relógio cuco.”

A forma que Carol Reed escolheu para que o filme fosse filmado, com enquadramentos tortos, é bem diferente. Atualmente estamos acostumados com isso, mas na época não era algo tão comum. Tanto que William Wyler, diretor de Ben-Hur (dentre vários filmes que fizeram história) e amigo de Reed, enviou para este, após ter visto o filme, um nível, com um bilhete dizendo: “Carol, na próxima vez que fizer um filme, coloque isso em cima da câmera, que tal?”

Nota: 9/10

SPOILER:
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Ladri di Biciclette (1948)

•março 17, 2013 • Deixe um comentário

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Título Original: Ladri di Biciclette
Título no Brasil: Ladrões de Bicicleta
Título no IMDb: Bicycle Thieves
País: Itália

<<Desempregado e miserável na Itália após a Segunda Guerra Mundial, um homem, juntamente com seu filho, procura uma bicicleta que foi roubada e que era vital para seu trabalho.>>

Esse filme é uma das obras primas do Neorealismo Italiano. Esse movimento começou na Itália no fim da Segunda Guerra Mundial como uma resposta urgente ao tumulto político e condições econômicas desesperadoras que afligiam o país. Diretores como Roberto Rossellini, Vittorio De Sica e Luchino Visconti pegaram as câmeras para focar em personagens de classe baixa e em seus problemas, usando atores amadores, filmagens a céu aberto, (necessariamente) orçamentos muito pequenos, e uma estética realista. Cineastas como Michelangelo Antonioni e Federico Fellini fizeram sua aprendizagem nesta escola de vanguarda.

A protagonista do filme, para mim, é a música. A trilha sonora deste filme é algo de outro mundo. É maravilhosa na sua simplicidade na forma e em sua complexidade na adequação. Já conhecia a fama da trilha sonora italiana graças à genialidade de Ennio Morricone, que fez as trilhas para os filmes de Sergio Leone, o papa do Western Spaghetti. Dentre as várias composições de Ennio, na minha opinião, a melhor e mais marcante é a que ele faz para “The Good, the Bad and the Ugly” (link para a música no youtube) – vale a pena ouvir.

As atuações dos atores (surpreendentemente) amadores  Lamberto Maggiorani e Enzo Staiola é impressionante e comovente. O garoto atua como profissional, suas cenas são muito emocionantes. Foi muito difícil segurar as lágrimas no fim do filme.

Nota: 9/10

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Chinatown (1974)

•março 17, 2013 • Deixe um comentário

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Título Original: Chinatown
Título no Brasil: Chinatown
País: Estados Unidos

<<JJ ‘Jake’ Gittes é um detetive particular que parece ser especialista em casos matrimoniais. Ele é contratado por Evely Mulwray quando ela suspeita que seu marido Hollis, construtor do sistema de fornecimento de água da cidade de Los Angeles, está tendo um caso com outra mulher. Ao aceitar esse caso, Gittes acaba se envolvendo em um esquema muito maior, que ele precisa investigar.>>

A direção do Roman Polanski é muito boa (é o melhor filme dele que já vi), a construção dos personagens e dos diálogos também. O filme tem altos e baixos, mas no geral, é um excelente. As constantes reviravoltas da trama, os diálogos afiados, as espertezas de Gittes (relógio na roda do carro e a quebra do farol traseiro, por exemplo), a atuação de Jack Nicholson e de Faye Dunaway são alguns dos aspectos que fazem esse filme o que ele é.

O final do filme é muito marcante, eu acho que nunca o esquecerei. Muita gente não gostou do final, mas eu gostei demais!

Chinatown concorreu a 11 Oscars, e por azar, no mesmo ano que foi feito “The Godfather: Part II“, um dos melhores filmes da história do cinema. Assim, só conseguiu ganhar um Oscar, ironicamente foi o de melhor roteiro original, o único que o filme de Coppola não poderia concorrer, já que é adaptado do romance homônimo de Mario Puzo.

Nota: 8/10

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Comedy Central Roast of Roseanne (2012)

•março 16, 2013 • Deixe um comentário

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Título Original: Comedy Central Roast of Roseanne (2012) 
País: Estados Unidos

<<Roast da Roseanne Barr no “The Comedy Central Roast“>>

Apresentado por Jane Lynch (média, esperava mais quando vi que seria ela a “roast master”), e com participações de Carrie Fisher (melhor que a encomenda, mas fraca), Jeffrey Ross (engraçado como sempre), Katey Sagal (a surpresa da noite, na minha opinião), Seth Green (sem-graça como sempre), Ellen Barkin (momento vergonha alheia, o que ela estava fazendo lá?), Wayne Brady (médio, esperava muito mais), Gilbert Gottfried (DE LONGE o mais engraçado, chorei de rir com ele), Anthony Jeselnik (sem gracinha como sempre nas suas tentativas de fazer um humor maldoso), Amy Schumer (engraçada como sempre nas suas tentativas de um humor maldoso).

Achei que a Roseanne, que está na fase menos feia de aparência da história, levou razoavelmente bem as brincadeiras. Mas achei que ela riu um pouco forçadamente, chegando a ser um pouco incômodo. As respostas dela no final não foram muito engraçadas, foi tudo muito previsível.

Já assisti a todos os Roasts da série “The Comedy Central Roast” (além de inúmeros New York Friar’s Club Roasts), e esse está entre os piores. Vale a pena, principalmente, pelo Gilbert Gottfried.

Nota: 6/10

SPOILER:
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Lawrence of Arabia (1962)

•março 16, 2013 • Deixe um comentário

loa

Título Original: Lawrence of Arabia
Título no Brasil: Lawrence da Arábia
País: Estados Unidos, Reino Unido

<<A história de T.E. Lawrence, um extravagante e controverso militar inglês e suas lealdades conflitantes durante seu serviço no Oriente Médio durante a Primeira Guerra Mundial. >>

Eu sempre tive preguiça de assistir esse filme, mesmo sempre tendo ouvido falar bem dele. – “Uma biografia passada no deserto com 3:40 de duração? Nem morto!”

Ao final do filme, eu queria mais… foi muito bom! Pensar que um filme dessa grandiosidade de produção, fotografia e direção foi feito no início da década de 60 é impressionante. A produção e a fotografia não ficam muito atrás de filmes feitos atualmente, acho que quem assistiu na época deve ter saído do cinema até tonto.

A atuação de Omar SharifAlec Guinness (apesar do rímel), Anthony Quinn (apesar do nariz) são excelentes. Já a atuação de Peter O’Toole é uma coisa de outro mundo (no fim do filme eu duvidava da orientação sexual dele). Não é por acaso que ele é considerado um dos melhores atores da história do cinema por quase todos os críticos, tendo sido indicado ao Oscar de melhor ator oito vezes, nunca como coadjuvante. Infelizmente, nunca ganhou – acabou ganhando um prêmio honorário em 2003.

A história de T.E. Lawrence é bem interessante, não conhecia antes de assistir o filme. Valeu a pena pesquisar e dar uma aprofundada após o filme. Existe uma continuação da história dele após os acontecimentos do filme, chamada “A Dangerous Man: Lawrence After Arabia”, mas não assisti ainda (e provavelmente não assistirei).

Nota: 10/10

Eddie Izzard: Dress to Kill (1999)

•março 16, 2013 • Deixe um comentário

 Eddie Izzard: Dress to Kill (1999)

Título Original: Eddie Izzard: Dress to Kill
País: Reino Unido, Estados Unidos

<< O travesti executivo Eddie Izzard leva seu show a São Francisco para dar uma breve aula de história de religiões pagãs e cristãs, a construção do Stonehenge, o nascimento da Igreja Anglicana e dos impérios ocidentais, e a necessidade de um sonho europeu. No meio do caminho, ele dramatiza a busca de Dr Heimlich por uma manobra, a nomeação de Engelbert Humperdinck, Scooby e Salsicha como arquétipos, Neil Armstrong na lua, a tolerância da sociedade com assassinos em massa, como nós cantamos hinos, adaptações de Hollywood de filmes britânicos, a viagem de JFK a Berlin, opiniões sobre puberdade, e como trabalhar frases do curso de francês na vida cotidiana de Paris. >>

Uma aula fantástica [e sarcástica]  de história! Maravilhosamente engraçado, o melhor stand-up do Eddie Izzard que já assisti. Gargalhei em vários momentos.

Nota: 9/10

Singin’ in the Rain (1952)

•março 16, 2013 • Deixe um comentário

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Título Original: Singin’ in the Rain
Título no Brasil: Cantando na Chuva
País: Estados Unidos

<<Passado em Hollywood nos dias finais da era do cinema mudo, o filme foca no astro de filmes românticos Don Lockwood, seu parceiro Cosmo Brown, a atriz aspirante Kathy Selden e a companheira de telas de Lockwood, Lina Lamont, cuja voz estridente e irritante a torna uma candidata improvável para o sucesso em uma carreira no cinema falado.>>

Eu não gosto de musicais geralmente, mas esse me deixou animado em vários momentos. Comecei a gostar do filme quando Donald O’Connor entra em cena. Um ator muito bom, além de cantor e dançarino, ele conseguiu me fazer rir em várias cenas, por mais bobas que fossem as piadas dele. Quando o produtor mostra a nova tecnologia de sincronização de áudio e vídeo, para fazer o cinema falado, ele menciona o filme “The Jazz Singer” e diz que isso não terá futuro. Existe uma versão para esse filme, da fantástica série Merrie Melodies da Warner-Brothers, dirigido pelo genial Tex Avery, chamada “I Love to Singa” (link para o vídeo), que é um dos meus cartoons favoritos de todos os tempos.

Eu já tinha visto várias cenas desse filme aqui e ali, mas nunca soube que o Gene Kelly dançava TÃO bem. Muito legal vê-lo cantando e dançando, ele realmente dá um show. A voz da Debbie Reynolds também é fantástica!

Outra coisa que gostei bastante no filme foi a forma como os diálogos foram escritos, sempre espertinhos, sarcásticos (sem ser agressivo) e bastante rápidos. Os personagens são cativantes e muito bem escritos. O filme conseguiu perder minha atenção na longa sequência de dança ‘moderna’ mais pro fim do filme, que foi muito longa e arrastada, apesar de ter sido muito bem executada.

Nota: 7/10

The Apartment (1960)

•março 15, 2013 • Deixe um comentário

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Título Original: The Apartment
Título no Brasil: Se Meu Apartamento Falasse
País: Estados Unidos

<<Um homem tenta subir na sua empresa deixando os executivos usarem seu apartamento para manterem casos extraconjugais, mas algumas coisas começam a acontecer, inclusive seu próprio caso.>>

Antes de mais nada, quero deixar claro o tanto que odeio o título desse filme no Brasil. Tem nome de filme bobo de Sessão da Tarde, mas não é. Nem de longe.

Li em algum lugar que esse é o filme mais superestimado de Billy Wilder. Completamente errado! O filme é uma comédia romântica (se é que posso classificá-lo assim), com vários momentos de drama pesado e com diálogos bem realistas e que geram uma boa reflexão. O filme não se perde na pieguice, ele trata dos temas com sinceridade, e as atuações de  Jack Lemmon e de Shirley MacLaine são muito boas. À primeira vista, Jack Lemmon aparenta estar atuando forçada e caricatamente, mas na minha opinião, este não é o caso. Foi o jeito que ele encontrou para passar a dualidade de insegurança e de “arrogância” de C.C. Baxter, o personagem principal. Passei uma boa parte do filme um pouco irritado com ele, até entender as coisas por esse ângulo.

Quero dizer também que gostei muito do fim do filme.

Nota: 8/10

SPOILER:
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